FOLHA DE LONDRINA destaca obra da Rede de Esgoto em matéria especial

Publicado em: Quarta-Feira, 04 de Janeiro de 2012
Fonte: jornal folha de londrina

04/01/2012 -- 00h00

Cidade que mais perdeu melhora para quem ficou

Com 83% de urbanização, 3.057 dos 3.646 habitantes moram na cidade, Santa Cecília do Pavão dá prioridade à educação, habitação e saneamento. Graças a parcerias público-privadas, mais de mil usuários têm acesso gratuito à internet, incluindo toda a população escolar, um computador por aluno (UCA). 'É o primeiro município brasileiro' com tal inclusão, acredita o secretário da Prefeitura, Ernesto Alexandre Basso, bacharel em Direito.

E o município vem absorvendo dotações federais que lhe permitirão, em breve, ter 100% da população servida por rede de esgoto 100% tratado, observa Basso.

Com a estação de tratamento biológico, emissários e interceptor concluídos, está em construção a segunda fase do saneamento. O diretor do Serviço Autárquico Municipal de Água e Esgoto (Sama), Jerônimo Mendes Gonçalves, informa que compreende 20.428 metros de rede coletora e 1.169 ligações, já concluídos 53% (11.000 metros de rede e 496 ligações atendendo 523 moradias).

Com dotação de R$ 2,062 milhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o prazo de conclusão vai até setembro de 2012, quando 90% da população será atendida pela rede e o esgoto 100% tratado. A última etapa, até 100% da população, ficará por conta do Samae e da Prefeitura.

A fase atual, explicou Jerônimo, engloba o Bairro Fraternidade, 'o que mais sofria com a falta da rede coletora, na parte baixa e rochosa da cidade, que dificulta a perfuração de fossas'. A rede ali está quase pronta e 250 famílias deixarão de lançar dejetos diretamente no córrego, o afamado 'Fedidinho'.

Paralelamente à construção de moradias na zona rural, pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), e na cidade, financiadas pelo programa federal 'Minha Casa, Minha Vida', a Prefeitura instituiu o programa 'Nova Casa', já beneficiando nove famílias que, embora proprietárias, moravam precariamente, sem condições de melhorar a habitação. A contribuição, a fundo perdido, varia conforme a realidade financeira de cada família, levando à substituição geralmente de ranchos e barracos por casas de alvenaria, modelo popular.

'Tiraram o rancho e puseram a casa', resume Netácio Ferreira de Melo, 70 anos, entre os contemplados, morador na parte alta da cidade. 'Consegui esse chão faz 40 anos, aqui pra cima era tudo lavoura.' De uma família nordestina que chegou para trabalhar na agricultura, conta que a maioria dos 10 irmãos acabou se fixando em Londrina. Casado com Ângela Maria Gomes de Melo, Natécio tem dois filhos, uma moça e um rapaz. 'A Prefeitura me deu uma grande mão', afirma com relação à casa, pois a sua parte foi de somente R$ 5 mil, tomados por empréstimo na Caixa Econômica Federal, que lhe permitiram fazer inclusive a garagem.(W.S.)