Os sintomas de uma virose são muito parecidos com os da dengue.
Os pacientes têm sintomas semelhantes: “febre, dor no corpo, vômitos", todos parecem estar com dengue, mas também pode ser uma "virose comum". Como diferenciar uma da outra? Um infectologista que faz parte do Comitê de Dengue da Organização Mundial de Saúde, conhece as características próprias da doença. “Tem sintomas muito parecidos com os da gripe, mas sem sintomas respiratórios. A dengue não tem muito sintoma respiratório”, explica o infectologista Ivo Castelo Branco.
Quando o mosquito Aedes Aegytp ataca uma pessoa, espalha o vírus da dengue por todos os tecidos do corpo. As defesas do organismo entram em ação e causam reações que costumam surgir depois de sete dias.
As principais são dores nos músculos, na região dos olhos e febre. Sintomas que determinam que a pessoa deve procurar um médico e nunca tomar remédios sem orientação.
“O paciente que tiver sintomas de dengue e quando a febre passar ele tiver dor na barriga muito grande, passar a ter muita náusea e vômito que impeça ele de se alimentar, ele deve procurar um médico imediatamente”, diz o médico.
Às vezes, o tratamento é só a hidratação. Pelo menos três copos d´água por hora. Mesmo assim, a pessoa deve ter a certeza de que é vítima da dengue porque uma nova infecção aumenta o risco de desenvolver o tipo hemorrágica, a forma mais agressiva da doença.
“Muitas pessoas têm dengue pela segunda vez e não sabiam que tiveram. Eles podem ter dengue hemorrágica na segunda vez. É o que está acontecendo com muitas crianças agora”, diz o infectologista Anastácio Queiroz.
O melhor combate à dengue é a eliminação dos focos do Aedes Egipsty. Um mosquito que voa, em média, a 80 centímetros do chão, o que não impede que ele alcance lugares bem mais altos para depositar os ovos.
Em Fortaleza, os agentes sanitários encontraram larvas em um vaso de um apartamento no sétimo andar de um prédio e também num jarro de plantas no 16º andar de outro edifício.
“O mosquito pode subir pelo elevador ou mesmo pela escada. O importante pra ele é alimentação. Na busca disso ele não mede distância”, diz Carlos Barbosa, agente sanitário.